Todo ser humano, independentemente se jurista ou não, já se perguntou sobre os verdadeiros propósitos das penas. Certamente discussões sobre a necessidade, crueldade e efetividade das punições se instalaram em um jantar, um café e, com certeza, nos bancos das universidades e nos átrios dos tribunais. Em meio às complexidades do sistema penal-punitivo emerge uma busca por significados, uma chama natural do ser humano que busca entender o quanto uma pena é necessária e eficaz.
Neste livro provocativo e perspicaz, fruto da brilhante dissertação de mestrado do autor, mergulhamos nas profundezas da justiça penal, ou melhor, seguimos viagem pelo infinito universo das teorias que sempre fascinaram o homem, desvendando os enigmas que cercam a questão das penas e punições.
Com uma escrita enfática, e ao mesmo tempo leve e prazerosa como uma sinfonia de Shostakovich regida por Karajan, o autor nos conduz, ao longo destas páginas, por questionamentos das próprias convicções, quebra de noções preconcebidas e uma empolgante jornada por novos horizontes de entendimento.
À medida que nos aprofundamos nesse debate fascinante proposto pelo autor, somos confrontados com dilemas morais, questões éticas e, acima de tudo, a busca incessante pela dignidade humana.
Concito-vos, diletos leitores, a mergulharem nesta intelectual e provocante jornada, repleta de reflexões que, certamente, transformarão aquela velha visão preconcebida sobre as penas.
Este livro, além de demonstrar e discutir os problemas do inferno dantesco representado pelo atual sistema de penas, nos conduz pelo purgatório de possibilidades e nos leva a tangíveis soluções para o falido sistema, fazendo renascer a esperança que outrora foi abandonada.
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