“E se não foram eles?” A hipótese vertente trata-se de uma pergunta que não quer calar.
No dia 29 de março de 2008 (sábado à noite) uma linda menina foi defenestrada da janela de um apto do sexto andar do Edifício London, em São Paulo. No velório da criança, já se cogitavam as suposições dos suspeitos do crime. Isso mesmo, ainda nas exéquias da vítima, já se cogitavam que o casal Nardoni: o pai e a madrasta da criança seriam os responsáveis pela morte da infante.
Posteriormente, o casal Nardoni foi Indiciado, denunciado, pronunciado e condenado pelo Tribunal do Júri a penas privativas de liberdade draconianas. Acredito, como advogado criminalista e jurista que devemos ter o firme propósito de fazer valer essa máxima: “A prova é a convicção da certeza; a dúvida é a ausência da prova”.
No caso da morte da menina Isabella Nardoni, estudei algumas peças do processo, perquiri obras literárias e reportagens sérias, que nos levam a enxergar falhas grotescas da condenação do casal, impulsionando-nos a questionar a necessidade, absolutamente clara e incontroversa da decisão do Tribunal do Júri, que condenou o pai e a madrasta da criança, à revelia da certeza.
Assim sendo, diante da presença significativa da dúvida, da ausência da certeza é que se impõe a pergunta: “E se não foram eles?"
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